Remo 0x2 PSC

De maneira dramática, como ninguém esperava, o Remo fez prevalecer o placar elástico que construiu no primeiro jogo da final do Campeonato Paraense (vitória por 4 a 1) e após uma partida épica contra o Paysandu, disputada na tarde de ontem, no Mangueirão, acabou levando o título para o Baenão, quebrando um jejum de 5 anos.

A 43ª taça estadual foi levantada e festejada com visível sentimento de alívio, já que o Leão Azul perdeu por 2 a 0 e na maior parte do jogo foi sufocado pelo time bicolor. Dennis, em uma cobrança de falta magistral logo aos 8 minutos, e Yago Pikachu, aproveitando rebote de uma bela jogada de Héverton, aos 25′, marcaram os gols bicolores ainda no primeiro tempo.


O placar do jogo, desta vez favorável ao Paysandu, por pouco não devolveu a vantagem construída pelos remistas no jogo de ida. Se tivesse anotado ao menos mais um gol, a decisão iria para os pênaltis, enquando mais dois levariam a Taça Açaí para a Curuzu no tempo normal.

O time treinado por Mazola Júnior, que jogou com Vânderson e Ricardo Capanema improvisados na zaga, teve várias oportunidades para fazer o tento que faltou na conta, ainda na etapa inicial. A mais clara delas com Héverton, que dominou a bola na área remista, se livrou da marcação cortando para o pé direito e por muito pouco não acertou o ângulo esquerdo de Maycki Douglas.

Mesmo perdido em campo e abalado pelo começo avassalador do rival, o Remo teve a chance de empatar quando o jogo ainda estava 1 a 0, mas a falta de experiência de Rony acabou fazendo a diferença. A jovem promessa azulina aproveitou indecisão da zaga bicolor e ficou cara a cara com o goleiro Paulo Rafael, que mesmo caído conseguiu fazer a defesa com a perna direita.

Como o jogo seguiu dominado pelo Paysandu, que a essa altura já não contava com o artilheiro Lima, que saiu machucado para a entrada de Marcos Paraná, o técnico do Remo, Roberto Fernandes precisou fazer duas mudanças no intervalo para tentar equilibrar o jogo no meio de campo. Ele optou por tirar o garoto Warian Santos, que dessa vez não demonstrou a mesma maturidade da goleada por 4 a 1 na quarta-feira passada, e o meia-atacante Thiago Potiguar, que nem deveria ter entrado em campo, tamanha a indolência e apatia com a qual disputava a maioria das jogadas.

Com as entradas de Jhonnatan e Ratinho, o time azulino conseguiu administrar melhor a posse de bola e evitar que o Paysandu seguisse pressionando a todo instante em busca do terceiro gol. Além disso, o Leão passou a aproveitar melhor os contra-ataques e quase descontou em uma cabeçada de Rony, que Paulo Rafael salvou com a ajuda da trave. Mesmo assim, o Paysandu continuava melhor em campo, tocando a bola com consciência e tentando chegar à meta azulina principalmente pelas laterais.

Foi então que o ritmo intenso da decisão sofreu uma quebra brusca. Um apagão no sistema de iluminação do estádio provocou uma interrupção de mais de 15 minutos na partida, esfriando os ânimos e os jogadores das duas equipes. No reinício de jogo, o Paysandu partiu definitivamente para o ataque com a entrada de Leandro Carvalho no posto do lateral-esquerdo Airton.

O Remo, ao menos dessa vez, conseguiu colocar a cabeça no lugar e manter a bola no seu campo de ataque nos minutos finais, evitando que a pressão alviceleste criasse complicações para sua instável zaga.
Nos acréscimos, houve ainda a expulsão do lateral-esquerdo azulino Alex Ruan, que tentou impedir a cobrança de uma falta na defesa bicolor e recebeu o segundo cartão amarelo. A indisciplina do prata da casa, ao menos dessa vez, favoreceu o Remo. O time ganhou alguns segundos preciosos antes do apito final do paranaense Heber Roberto Lopes, quando enfim o Fenômeno Azul pôde soltar o grito de “campeão!”.

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